segunda-feira, 26 de maio de 2008

Martelo

“Traga-me o próximo,

Meu martelo é sedento e faminto

desTRÓI, desTRÓI

Aquilo que pode ser destruído”


O Martelo impiedoso é frenético,

Não vê perdão, nem súplica

“CoRRÓI, desTRÓI

Tudo deve ser destruído”


“Cuidado Martelo, cuidado Trovão

Nessa dança mimética instintiva

Pode ser o próximo no mundo em destruição”


“Destrua, desTRUA

Me leve na corrente louca

Solte minha alma enfim

Para o Réquiem final de meu grito!”


O Abutre sobrevoa destroços

Pedaços decreptos apodrecidos

Processo do que um dia foram coisas,

Sonhos crentes do coração desiludido


Ao longe se ouve o berro


“desTRÓI desTRÓI

Pedaços em desconstrução

Não sobra olho, braço, espírito

Medo covarde ou a cabeça da Razão”


Ao longe se ouve um suplício


“desTRUA desTRUA

O prazer de morte enfim

Quebre-me os pedaços

Pois eu não sou

Se o eu for enfim,

Ilusão”

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