Para viver o amor
Há a necessidade imperativa
De se lançar uma bomba
Com raiva e calmamente
Dentro da boca do Mundo
Sigo sem deixar nada Além do que fica da minha distração/ Ser humano é ser estrada na dor no amor ou na ilusão
sábado, 23 de maio de 2009
Pedido
Quero, de fato e sem dúvidas,
Uma paixão que me incenere o coração
Que arranque sem piedade
Aquilo de amor e humano que em mim reside
Não temo as destruições e cataclismas
Nem o ardor da paixão cortante
O que me angustia é ser frio e cético
Um ser podre que nem berrar consegue
Tudo está em jogo
No desafio de tornar-se vivo
Minhas crenças e deveres
Meus medos e covardias
Tudo arremessado
Lançado e jurado
A um turbilhão
Que me engolirá por fim
Uma paixão que me incenere o coração
Que arranque sem piedade
Aquilo de amor e humano que em mim reside
Não temo as destruições e cataclismas
Nem o ardor da paixão cortante
O que me angustia é ser frio e cético
Um ser podre que nem berrar consegue
Tudo está em jogo
No desafio de tornar-se vivo
Minhas crenças e deveres
Meus medos e covardias
Tudo arremessado
Lançado e jurado
A um turbilhão
Que me engolirá por fim
Consequências
Gritei amor pela janela
estourou o vidro do prédio
faltou energia ao sinaleiro
escorreu cimento do relógio
Floresceu
uma colméia de flores
em algum ponto do universo
estourou o vidro do prédio
faltou energia ao sinaleiro
escorreu cimento do relógio
Floresceu
uma colméia de flores
em algum ponto do universo
Um jeito de amar
E continuar
E seguir
Lidar com o fato
de que poucos têm ouvidos
para ouvir
e muito menos alma aberta
para entender
Esse meu jeito de amar
Que se recusa a passar por forte
Que se entrega de verdade
Quando os outros são só palavras
Que já tentou negar a si mesmo
Mas ao fazer isso
Tornou-se mais do que sempre foi
Sob o céu azul de nuvens quiméricas
espera sim um olhar
tal qual uma estrela supernova
Para arrancar da minha boca
declarações e poemas
Sorver de meus olhos
Juras e lágrimas
abismos
ou compassos
de uma canção que vê
com os ouvidos de um peito rasgado
E seguir
Lidar com o fato
de que poucos têm ouvidos
para ouvir
e muito menos alma aberta
para entender
Esse meu jeito de amar
Que se recusa a passar por forte
Que se entrega de verdade
Quando os outros são só palavras
Que já tentou negar a si mesmo
Mas ao fazer isso
Tornou-se mais do que sempre foi
Sob o céu azul de nuvens quiméricas
espera sim um olhar
tal qual uma estrela supernova
Para arrancar da minha boca
declarações e poemas
Sorver de meus olhos
Juras e lágrimas
abismos
ou compassos
de uma canção que vê
com os ouvidos de um peito rasgado
Tarde de Outono
Venha das nuvens
E caia do céu cinza
como se vinda
De um mundo que não é esse
Para ouvir de mim
O nada de tudo
Que a Ilusão finda
E a estação que o nosso amor
Anuncia
Seja passagem,
Um salto de uma nuvem a outra
Por ouvir de mim
toda a verdade
Que desejo berrar a vida
toda a coragem
Que desejo arrancar do espelho
Serena e tranquila
Em sua inominabilidade
de ser meu anjo
No sonho de uma tarde de outono
E caia do céu cinza
como se vinda
De um mundo que não é esse
Para ouvir de mim
O nada de tudo
Que a Ilusão finda
E a estação que o nosso amor
Anuncia
Seja passagem,
Um salto de uma nuvem a outra
Por ouvir de mim
toda a verdade
Que desejo berrar a vida
toda a coragem
Que desejo arrancar do espelho
Serena e tranquila
Em sua inominabilidade
de ser meu anjo
No sonho de uma tarde de outono
Despedida
Sou apaixonado
Por cada palavra
de nossos encontros
Por cada abismo
de nossos olhos
que se cruzam
Por todo os espaço
do não dito
que nos transborda
Até pela dor
que me fica
Sufoca
No silêncio sem jeito
Da nossa despedida
Por cada palavra
de nossos encontros
Por cada abismo
de nossos olhos
que se cruzam
Por todo os espaço
do não dito
que nos transborda
Até pela dor
que me fica
Sufoca
No silêncio sem jeito
Da nossa despedida
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Virada Cultural
Queria criar palavras novas
Que fossem passaportes à experiência lisérgica
De estar onde estive nos últimos dias
Queria encadear as letras
Como notas musicais de uma harpa edifício
Para transportar o leitor ao coração da anarquia
Tudo era novo
E no óbvio a essência de seu próprio avesso
Andei divagando por ruas imundas
Ao som da música transcendental
Dancei diferentes ritmos e sensações
E nunca me senti tão louco
Ao celebrar a cultura racional
Saltando de momento em momento
O tempo suspendeu-se
Para o mesmo não lugar
Onde decidiram descansar as regras
(Tudo é válido em meio à multidão)
Enquanto a orgia sonora toma as ruas de entrega
Equilibristas sobrevoam a Av. São João
As pinturas que Dali nunca imaginou
Desfilavam como sendo banais
E as profecias que Blake jamais vislumbrara
Em um suspiro de segundo se tornavam reais
A antropofagia de Oswald de Andrade
É celebrada em sua forma máxima
O pudor de devorar
É esquecido
Enquanto o rap trepa com a estética esotérica
Nos corpos, corações e ouvidos
Daqueles celebrantes a dançar dionisiacamente
Nas ruas todas de um centro urbano monumental
O que se vive em meio lixo cosmopolita
È a supra-realidade além de qualquer sonho surreal
Não se pode esperar nada que não seja isso
Estamos pós-apocalipticamente criando e dançando
Em meio a tudo o que é vivo
Em meio ao lixo de osmose que nos transmuta
Se é cidadão sendo mendigo
Mendigo cultural
Bandido transcendente
Aqui todos estão juntos
Dominando o mundo
Na paixão de um momento evidente
Correm os palhaços pela parede de vidro do edifício
Suspendem-se redes para que artistas assistam shows performaticamente
Dormem seres humanos e seus filhos em meio a lixo babilônico
E Reginaldo Rossi canta a música que toca o coração do povo
Tudo vale onde nada é
E se o mundo existe em algum lugar
É aqui que ele se realiza
Que fossem passaportes à experiência lisérgica
De estar onde estive nos últimos dias
Queria encadear as letras
Como notas musicais de uma harpa edifício
Para transportar o leitor ao coração da anarquia
Tudo era novo
E no óbvio a essência de seu próprio avesso
Andei divagando por ruas imundas
Ao som da música transcendental
Dancei diferentes ritmos e sensações
E nunca me senti tão louco
Ao celebrar a cultura racional
Saltando de momento em momento
O tempo suspendeu-se
Para o mesmo não lugar
Onde decidiram descansar as regras
(Tudo é válido em meio à multidão)
Enquanto a orgia sonora toma as ruas de entrega
Equilibristas sobrevoam a Av. São João
As pinturas que Dali nunca imaginou
Desfilavam como sendo banais
E as profecias que Blake jamais vislumbrara
Em um suspiro de segundo se tornavam reais
A antropofagia de Oswald de Andrade
É celebrada em sua forma máxima
O pudor de devorar
É esquecido
Enquanto o rap trepa com a estética esotérica
Nos corpos, corações e ouvidos
Daqueles celebrantes a dançar dionisiacamente
Nas ruas todas de um centro urbano monumental
O que se vive em meio lixo cosmopolita
È a supra-realidade além de qualquer sonho surreal
Não se pode esperar nada que não seja isso
Estamos pós-apocalipticamente criando e dançando
Em meio a tudo o que é vivo
Em meio ao lixo de osmose que nos transmuta
Se é cidadão sendo mendigo
Mendigo cultural
Bandido transcendente
Aqui todos estão juntos
Dominando o mundo
Na paixão de um momento evidente
Correm os palhaços pela parede de vidro do edifício
Suspendem-se redes para que artistas assistam shows performaticamente
Dormem seres humanos e seus filhos em meio a lixo babilônico
E Reginaldo Rossi canta a música que toca o coração do povo
Tudo vale onde nada é
E se o mundo existe em algum lugar
É aqui que ele se realiza
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