terça-feira, 23 de agosto de 2011

Náufrago de Transcendências

I
Treme o espírito
Em uma entrega celebrada
Dançam os ventos
Sem se importar
Um furacão conduzido
Nas asas de mil colibris
Carrega intensamente
Meus desejos de ser

Sofro num despertar
Presente do corpo
Perco as palavras

E Tudo que me resta
É a canção da floresta

II

De olhos fechados
Adentro o mundo de sonhos abertos
Sou conduzido por uma leveza
Que me traz a paz de uma praia tranqüila

Deitado e sem forças
Quase um náufrago de transcendências
Sinto saudade das pessoas que amo

III
Num profundo silêncio
Adentro nos mistérios da mata
Ao viver meu ser se dissolve

Sou um
Com o que não conheço

No ponto luminoso
De meu desejoso coração
Florescem pétalas de lótus

Prostrado e humilde
Faço uma prece profunda

E assim ao modo que um rio
Molhando o leito lascivo da terra

Uma calma na alma me inunda

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