terça-feira, 15 de março de 2011

Deságuas II

e terno é o aqui
agorasempremundo
o prazer no que vivi
eternovastomundo

um rio retornando
em gozo fecundo
da própria serpente à sua semente
um lindo segundo

mordendo sonhando
a luxúria de um ato ao som do regato
um sonho somente de eterno retorno

o gosto da fruta a doce maça
o lábio da flauta,
a suave fumaça

desnuda gemendo o prazer da manhã
a vida é um orgasmo
beijo que passa
Luas lembrando cor de romã

implode o marasmo e tão derrepente
amor florescendo no seio do agora
parece um presente a cauda é o olho
o horizonte a aurora

o olho é a cauda
o tempo que acabe
amor que deságua
em mar suicida

que tudo desabe em uma ferida
fazer do oceano avenida florida
nascendo de novo pra te conhecer

luaral que inicias
responde ao destino
dá em mágua essa vida?
Dá em vida esse viver?

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