Não existe o tempo
De ilusão moldável não passa a matéria
A verdade é
(a não existência da própria)
Inconsciência de merda que torna a vida séria
Exploro a inexistência visceral dos seres
Encontro meu mapa na subjetividade infinita
Nas cartas suicidas e nos entorpecentes
Nos cantos às paixões desiludidas
Ela assovia a si mesma em cada ouvido
Quem tiver audácia que ouça
E pare de significar a vida com a falta de sentido
Não fujo da nossa podridão eloqüente
Mãos atadas por laços que nos tornando iguais
Caminhamos juntos para o fim
Todos condenados a existir
Nas regras cósmicas universais
O passado, o tempo, o real?
Apenas pão e circo para os inconscientes
Meu poema é (não matéria moldável)
Lixo regurgitado pelo abismo de viver
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