segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

De peito aberto

Falar de poesia ás vezes é chato
tentar entender,
complicando o que se faz pra sentir
pode facilmente
tornar-se um ato enfadonho

Para não corrrer riscos
Muitas vezes prefiro os pássaros
aos criticos
e um súbito azul
como público predileto

Para não correr riscos
(ou seria o inverso)
Assumo ser poeta, assumo meu ofício
Sabendo que não serei eu
a dizer se meus poemas
Valem mesmo a pena

A mim cabe apenas dizer
criar-fazer lançar o tema
tudo por que, como disse um conterrâneo
Me recuso a viver num mundo sem sentido

Quero todos os riscos contido nos rabiscos
Nesse lúcido devaneio de se fazer poeta
Quero todos os riscos da vida
do florescer às feridas
Ameaçando a pobre meta dos meus dias
no sentir dos dias velozes

Arriscar-me, na liberdade da minha linguagem
À moda de quem se lança
De peito aberto a uma nova viagem

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