Risadas e Risadas
Ecoavam pelas ruas
Festas lantejoulas e luzes
Enfeitavam a beberagem sem fim
Foram assim os primeiros dias
Do desgoverno do louco
Pessoas sem nome e sem dono
Felicidades sem rédeas enfim
Pouco a pouco a coragem ia embora
Semanas de loucura sem nome
E de fogueiras alimentadas com relógios
Assustavam aqueles que esperavam o esperado
Após o raiar colorido da aurora
A lei era o fogo, volúpia e prazer
Queimem as regras e os juizes
Ame sem limite e sem nome,
Afinal a liberdade é chama que consome
Quando cantou a boa nova
A terra e alma entraram em transe
Choque, alegria e esperança
Daqueles viventes até então sem vida
Mas pouco a pouco a coragem ia embora
Semanas de loucura sem nome
E de fogueiras alimentadas com relógios
Assustavam aqueles que esperavam o esperado
Após o raiar colorido da aurora
O louco não passava um dia
Sem fazer amor barulhento com a loucura
No primeiro dia matou sua família
Na segunda seu deus e professores
Afinal ele era livre era louco
Arauto do delírio, desvairado em fissura
Estimulava todos a fazerem o mesmo:
Matar todos, no ser, que não eram luzes
Tornou-se foco de ódio e escrutínio,
Ele amava a critica e as pedras!
Tornou-se fonte de esperança,
E odiava essa rainha ilusória!
Os primeiros a atacarem
Foram os tediosos e covardes
Os primeiros a abandonarem,
Os revolucionários do futuro
Preferia amar a Insanidade, a prostituta
A cumprir as promessas do amanhã
Certa vez em uma noite estrelada
Foi beijado finalmente por sua amada
Como não entendia o porquê do apego
Na necessidade de um guia salvador
Abandonou e largou seu projeto,
“Deixe que os loucos e vagabundos o construam”,
Mergulhou na noite estrelada
Para queimar na eternidade sem pudor
Pouco a pouco coragem ia embora
Mas a utopia ainda dança nas cabeças sem nome
Alimentada pela verdade da diferença,
O sonho continua a apavorar
Aqueles que esperam o esperado após o raiar da aurora
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