domingo, 24 de agosto de 2008

Angustiando-se

Pensar em poesia é uma besteira que me consola
Pois se é poesia de fato
É machado, sentimento que descola
A minha alma de seu medo
Hipócrita de personificação
Do pestilento ser que teme
Olhar-se ao sangrar dominação,

Do podre humano que foge
De sentir nos ossos o amor
Pela vida, por tudo
Dionisiacamente sem pudor


Senti que nos últimos tempos
O meu interior me domina

Na angústia das dúvidas
No desejo covarde que alucina

Por isso mato essa palavra fraca
Que na dança louca do intenso Brasil
Ainda é observação covarde
Que não vibra



Um comentário:

ariana disse...

Muito legal essa!

Muito mesmooo!!!

Bjs.