O caderno que carrego comigo
no vazio em branco
de suas páginas contém
todas as possibilidades
de minhas imaginuras
todas as viagens
de meus passos para o além
Passo ao largo
de promessas e pedidos
sou vento louco
carregando a tempestade
aleatoriamente
abro a página vazia
e sobre ela
precipito meus olhares
Quero rumos, incertezas, desafios
impulsionando-me para o distante de mim mesmo
onde encontro a satisfação certeira
no movimento de uma vida estradeira
Sem olhares o caderno me interfere
à tira colo sempre em meu colete
Sabe tudo o que ingiro,
tudo que calo
tudo que transfiro
da realidade para os atos de viver (in)versos
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