No parque
Atrás do museu de arte
os burgueses levam
seus cachorros para passear
Como o dia é de sol
exibem inflados
seus óculos escuros
na tarde de um dia de semana
Eu- poeta- sentado em um banco
do mesmo parque
atrás do museu de arte
Apenas esperava a chegada
de algum verso ou melodia
no entre tempo dos compromissos
buscava em silêncio
a harmonia de uma nova canção
em verdade procurava
no miolo da tarde
encontrar alguma calmaria
para meu coração
desejoso de fuga
No banco de um gramado
atrás do museu do olho
enquanto os burgueses
passeavam com seus cães
Minhas retinas sonoras
buscavam lúcidas
os silêncios, os palpites
escondidos na desilusão
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