segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Algo além da Imensidão

E é assim que o pôr- do-sol é belo por tudo aquilo que nos faz perder"

Antonin Artaud


Despedidas,

Sol que nasce no fim da tarde

como amigos reatando

Laços sinceros de amizade


As nuvens,

nomades do tempo

do céu do instante

Vão sendo coloridas...


A luz sob suas imagens de ar

A obviação do óbvio

no imanente lampejar do vazio:


“Cala-te mente,

nada senão agora

aqui para além das palavras

contemplo”


Torno-me o por do sol

suas cores, seus devaneios

sua magnitude de silêncio

seus múrmurios ecoando mistérios


Sou todos os prédios

e muito mais esse

referente colorido e transtornado

de nosso amor em mutação


um poema que fosse

mais ágil do que a morte

mais ameno que a noite

algo menos que um pensamento

algo além da imensidão

Nenhum comentário: