“E é assim que o pôr- do-sol é belo por tudo aquilo que nos faz perder"
Antonin Artaud
Despedidas,
Sol que nasce no fim da tarde
como amigos reatando
Laços sinceros de amizade
As nuvens,
nomades do tempo
do céu do instante
Vão sendo coloridas...
A luz sob suas imagens de ar
A obviação do óbvio
no imanente lampejar do vazio:
“Cala-te mente,
nada senão agora
aqui para além das palavras
contemplo”
Torno-me o por do sol
suas cores, seus devaneios
sua magnitude de silêncio
seus múrmurios ecoando mistérios
Sou todos os prédios
e muito mais esse
referente colorido e transtornado
de nosso amor em mutação
um poema que fosse
mais ágil do que a morte
mais ameno que a noite
algo menos que um pensamento
algo além da imensidão
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