depois de tudo...
aperto o botão do elevador
Sob a tão cotidiana
luz da cruz do Guadalupe
estranhamente me sinto em casa
A descarga continua
o seu antigo vasamento
a geladeira que não teve
outro destino
uma viagem passa
e me lembra um sino
anunciando a grande festa
um monge sorridente
(isolado em alguma floresta)
a assopra sua esmerada
mandala de areia
feita em homenagem ao ar
Posso eu contar?
ou apenas
continuar
viajando, caminhando
sem cessar...
esse sonho rápido
de gosto tão intenso
que só encontramos no imenso
seio da estrada
Toma a mim completamente
até muda minha risada
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