Nos olhos
serenata do acaso
Abri
as portas do entressono
Sorri
para o que vem a deriva
Festejo
sem porque nem como
Na sombra
lunar da poesia
Adentra
o cortejo da insônia
Hipnotizado
num zumbir de melodia
Como um besouro
que telepaticamente sonha
Agora
Só que posso
Noturno
Só o que quero
É uma conversa esfumaçada com a noite
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