Lá fora
Pessoas comemoram a data religiosa
Aqui dentro
O que me resta é a chuva
Que cai em gotas de desilusão
O que sobra de mim
Para apreciar o frio da chuva
São palavras em desencontro
A vida é um delírio
Nesse tempo
Demasiadamente efêmero
Tudo o que vivi
De alguma forma já não é
Fico com os resíduos
E assim sigo eu
Ser residual das paixões que tive
Corpo de areia que se desfaz
Com um sopro leve e perene do mar
Nenhum comentário:
Postar um comentário