I
Era uma bela casa
a vida destruiu
Era um bom esconderijo
a vida desfez
era alguma boa coisa
perdida em algum tempo melhor
saber lembrança ou suor
nada restou
II
Tudo sobra
desdobra
Em amor e sonho
passo e sola
Risonho
tempo à vida
para vida em tempo
nos diluimos diluviamos
inundamos sem intento
o acumulo embriagante
de experiências acumuladas
tudo que vida faz com a vida
Todas as curvas que impõe a estrada
III
alguém ficou
para acompanhar a demolição
(em meio a um solo de sax
e a semifusão de um martelo sem pausa)
acampanhou
Tijolo por tijolo que cai
pedaço traço ato
que se esvai
nuvem explode em chuva
gota muda
molhando o tom da vida
Com as cores da ferida
que avança
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